terça-feira, 6 de julho de 2010

Poema-pílula*


Sou toda amor
Sou toda ele
Por ele, para ele
E enquanto o sou
Sou por enquanto
Por um instante
Mutante
Movimento


* Relembrando Ana Cristina César.
Ps: Vasculhar antigos cadernos é rever antigos poemas, escritos em cantos de páginas.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Somente o acaso tem voz


"Você, que ousa ter uma opinião, você fala em nome de quê?"

As práticas de liberdade nesse mundo estão cada vez mais mortificadas.
Estamos, na maioria das vezes, amarrados a domínios de saber.
Endurecidos nesse território.

Mas, a (há) arte...
Arte é ponto de escape, precipício.
É dançar livre no território.
É ser um pano de seda levado pelo vento.
Leveza.


Para saber a vida é preciso tocá-la

Nenhum sentido, no mundo, está dado.
É você, pelo seu esforço, que deve habitar algum sentido nele. Você precisa se deslocar do seu lugar e tocar as coisas. Habitar sentido nelas.
Não há nada de errado com o esforço*.
Há tempos o sentido não existe na sua vida porque o lugar ocupado por você é o mesmo: o lugar do não-esforço.
Não se engane com a sua imobilidade.
Para saber a vida é preciso tocá-la.

Sua liberdade é imóvel. Liberdade esquadrinhada.
Pensamento de aliterações.

Não tem a ver com força x fraqueza, mas sim com vida e não-vida.
Não há fraqueza contra força.
A dualidade/dicotomia é "paixão pelos extremos, desejo de morte disfarçado".


*É esforço propriamente dito. Ação positiva.
Trabalho. Construção de experiência.