Você ficou preso na minha poesia.
Dissolvi e espalhei você nela. Preenchi os espaço da poesia com teu corpo.
Escrevi você por lá.
E por lá te prendi.
Penso, agora, se por acaso eu, ao invés de te prender, tenha te inventado lá.
Acho que te inventei e te prendi.
Na verdade, aquilo que em mim sente te inventou nas linhas da minha poesia.
Ora, aquilo que em mim sente - e em mim habita - brinca comigo
Inventa você em cores, cheiros e sorrisos
Mas te deixa preso nos versos.
Decidi te soltar
Olhei ao redor
Olhei você em realidade e te busquei nas minhas linhas,
Tudo isso para trazer você, te descolar dos versos
E te colar em mim.
Dessa vez, não achei a poesia.
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
sábado, 25 de setembro de 2010
O olhar dele me encanta
O corpo dele me encanta
Encanta-me o modo como o corpo dele ocupa espaço no mundo.
O caminhar, a postura, o gesto.
O sorriso com os olhos, a cor da pele.
A leveza no olhar. Sorriso calmo, apanhador de borboletas.
Ah, pena que esse corpo não é meu.
Esse sorriso não é meu.
Seu olhar não atravessa o meu.
Ironia da separação, acaso distrator.
Encanto-me por você e pelo espaço que nos separa.
Tudo isso é muito sedutor.
Porém, esbarro-me no desejo e não consigo ser além dele.
O corpo dele me encanta
Encanta-me o modo como o corpo dele ocupa espaço no mundo.
O caminhar, a postura, o gesto.
O sorriso com os olhos, a cor da pele.
A leveza no olhar. Sorriso calmo, apanhador de borboletas.
Ah, pena que esse corpo não é meu.
Esse sorriso não é meu.
Seu olhar não atravessa o meu.
Ironia da separação, acaso distrator.
Encanto-me por você e pelo espaço que nos separa.
Tudo isso é muito sedutor.
Porém, esbarro-me no desejo e não consigo ser além dele.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Por uma escrita de três linhas
Dar linguagem à beleza me faz risonha.
O que é belo não tem nome, mas pode ser escrito.
Ironia de mim mesma.
O que é belo não tem nome, mas pode ser escrito.
Ironia de mim mesma.
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