quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Você ficou preso na minha poesia.
Dissolvi e espalhei você nela. Preenchi os espaço da poesia com teu corpo.
Escrevi você por lá.
E por lá te prendi.

Penso, agora, se por acaso eu, ao invés de te prender, tenha te inventado lá.

Acho que te inventei e te prendi.

Na verdade, aquilo que em mim sente te inventou nas linhas da minha poesia.
Ora, aquilo que em mim sente - e em mim habita - brinca comigo
Inventa você em cores, cheiros e sorrisos
Mas te deixa preso nos versos.

Decidi te soltar
Olhei ao redor
Olhei você em realidade e te busquei nas minhas linhas,
Tudo isso para trazer você, te descolar dos versos
E te colar em mim.
Dessa vez, não achei a poesia.

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